terça-feira, 28 de abril de 2009

+ psicoanálise

Que os poetas legislem com seus versos a vida dos homens e que os psicoanalistas expliquem, diríamos, a maneira de um mestre, os mecanismos intrínsecos de dita legislação não são, todavia, provas suficientes para que sigamos galardonando nossos poetas e nossos médicos psicoanalistas e sigamos recolhendo nossos loucos nos manicômios, ou nos seus substitutos, nem sempre diferenciados claramente da fonte da qual provêm.
Uma maneira de pensar inumana gera uma maneira de pensar humana e isso, sem dúvida, não dá ao assunto o “status” de verdade, pois devemos dizer: não é na verdade da loucura onde se aninha a humanidade, e, portanto, não é, precisamente, humanidade o que ambiciona o discurso psicótico senão, melhor, uma palavra que por sua brutalidade interrompa o fluxo do que tendo que ser desejo, todavia, é necessidade nele.

(do livro "Freud y Lacan –hablados II-" de Miguel Oscar Menassa, Editorial Grupo Cero, colaboração da psicoanalista Marcela Villavella)

Um comentário:

Mara faturi disse...

ai,ai as complexidades da psicanálise e da humanidade...preciso tomar um licor;))
bjo