quinta-feira, 23 de abril de 2009

diários

BRECHT

06-11-1944

Frequentes conversas sobre música (a propósito da ópera Golias) com Eisler e Dessau, que é muito menos desenvolvido e parece preso à rotina. A música transforma textos em prosa, até textos em versos, e depois poetiza aquela prosa. Poetiza-a e ao mesmo tempo torna-a psicológica. O ritmo é dissolvido (exceto em Stravinski e Bartok). Para o teatro épico isto é inútil.

(Diário de Trabalho, Bertold Brecht, Volume II, 1941-1947, RJ, Rocco 2005)

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