sábado, 29 de agosto de 2009
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
POESIA saindo do forno CERO
Grupo de Poesia 21/08/2009
O futuro
Enquanto as emoções movem os sentidos e ardem os corações
As dores do amor perspassam no cotidiano dos amantes amados ou mal-amados
Algum dia serão só fantasmas e recordações
Só então estarão livres das dores do amor
A surpresa
Deparo a contemplar-me num rosto na manequim da vitrine da loja chique shopping
É meu rosto sorrindo
Como estou bem!
Nem percebi minhas redondas redundâncias
Devo voltar mais vezes aqui!
Avani Emília Thum
(Você também pode vir soltar seu poeta conosco, num trabalho grupal: Grupo de Poesia de sábados às 11h continua aberto a novos integrantes!)
O futuro
Enquanto as emoções movem os sentidos e ardem os corações
As dores do amor perspassam no cotidiano dos amantes amados ou mal-amados
Algum dia serão só fantasmas e recordações
Só então estarão livres das dores do amor
A surpresa
Deparo a contemplar-me num rosto na manequim da vitrine da loja chique shopping
É meu rosto sorrindo
Como estou bem!
Nem percebi minhas redondas redundâncias
Devo voltar mais vezes aqui!
Avani Emília Thum
(Você também pode vir soltar seu poeta conosco, num trabalho grupal: Grupo de Poesia de sábados às 11h continua aberto a novos integrantes!)
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
2001 NOITES - desde Menassa!
NOITE 533
vejo abrir-se o futuro em minhas entranhas
vejo inflar-se o meu coração de felicidade
ataco sem piedade meus versos anteriores
e cuspo a cara do ouro e da miséria
sou o louco século vinte, tenho medo de mim
faço amor e contraio enfermidades incuráveis
trabalho, com afinco, para ser explorado
escrevo versos para metê-los no cu
tudo está calculado para mim, menos minha ânsia
tudo está computado para mim, menos meu desejo
tudo está ordenado para mim, menos minha sede
quando escrevo se rompem os relógios
e esse futuro aberto em minhas entranhas
se libera de mim, se faz carne do mundo.
Miguel Oscar Menassa - Diretor Internacional Grupo Cero
(noite 533 do livro Las 2001 Noches)
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
HOJE TEM POESIA E PSICANÁLISE NA RÁDIO PAMPA
Hoje, a partir da meia noite na rádio Pampa AM (970kHz), conversa sobre qual o papel da poesia na vida do sujeito e sobre os conceitos de clínica psicanalítica, como por exemplo, a importância dos limites para uma vida sem violência. Com as psicanalistas do Grupo Cero Lúcia Bins Ely e Barbara Corsetti.
"A escritura é o menos nosso que temos, é ela inteira, toda para o futuro."
Miguel Oscar Menassa
Aproveite essa onda sonora e participe ligando e fazendo suas perguntas ao vivo!
Ou acesse através do http://www.radiopampa.com.br/!
terça-feira, 25 de agosto de 2009
POESIA saindo do forno CERO
Grupo de Poesia 21/8/2009
Branca chuva
Ensaiando sal
Emergente nuvem
Além da sombra
Índios alados
Formados em grande montanha
Tapete submerso
Ainda sal
A louca era eu
Barbara Corsetti
(Você também pode vir soltar seu poeta conosco, num trabalho grupal:
Grupo de Poesia de sábados às 11h continua aberto a novos integrantes!)
Branca chuva
Ensaiando sal
Emergente nuvem
Além da sombra
Índios alados
Formados em grande montanha
Tapete submerso
Ainda sal
A louca era eu
Barbara Corsetti
(Você também pode vir soltar seu poeta conosco, num trabalho grupal:
Grupo de Poesia de sábados às 11h continua aberto a novos integrantes!)
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
terça-feira, 18 de agosto de 2009
POESIA CERO
muda
nu
na estrada
via as estrelas
deixava de ser
muda de vida
achou outra
bússula
mudou
Lúcia Bins Ely
Muda
Silencio secreto
De palavras surdas.
Muda versob!
Reverso
Mulher.
Anelore Schumann
O VERSOB traz pequenos exercícios produzidos no último Encontro Poético
coordenado pela poeta MARCELA VILLAVELLA,
nosso primeiro encontro poético nesta nova sede
da Escola de Poesia Grupo Cero em Porto Alegre:
Rua Cabral, 225, Rio Branco, Porto Alegre
Fone: 3024.2829
nu
na estrada
via as estrelas
deixava de ser
muda de vida
achou outra
bússula
mudou
Lúcia Bins Ely
Muda
Silencio secreto
De palavras surdas.
Muda versob!
Reverso
Mulher.
Anelore Schumann
O VERSOB traz pequenos exercícios produzidos no último Encontro Poético
coordenado pela poeta MARCELA VILLAVELLA,
nosso primeiro encontro poético nesta nova sede
da Escola de Poesia Grupo Cero em Porto Alegre:
Rua Cabral, 225, Rio Branco, Porto Alegre
Fone: 3024.2829
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
poesia cero
A GOVERNANTA
na casa do sonho
há um poço imenso
no imenso poço
uma governanta
dentro da governanta
uma rainha morta
a rainha troca de rosto
toda vez que servem vinho
à governanta
há na casa (do poço)
na casa do sonho
há um poço imenso
no imenso poço
uma governanta
dentro da governanta
uma rainha morta
a rainha troca de rosto
toda vez que servem vinho
à governanta
há na casa (do poço)
quatro quartos
que se pintam e se apagam
conforme o rosto da rainha
mais vinho faz ver
a rainha com seu vestido de noiva
e um chapéu de feltro que costura
há 25 anos
nos porões da casa (do sonho)
se esconde um suicida
a rainha desmaia quando
ele bate às suas portas
ele é orvalho
balanço vago
que se pintam e se apagam
conforme o rosto da rainha
mais vinho faz ver
a rainha com seu vestido de noiva
e um chapéu de feltro que costura
há 25 anos
nos porões da casa (do sonho)
se esconde um suicida
a rainha desmaia quando
ele bate às suas portas
ele é orvalho
balanço vago
de dois verdes cemitérios
um beija-flor (muito pequeno)
picoteia o rosto da rainha
que com os braços
sufoca a dor
do poço e
liberta os ossos
quando marinheiros
desfilam no rosto
ostras tombadas
sobre o rosto
a governanta faz senhas
de seu esqueleto
conta as caveiras
no jantar com a madrugada
se para cada estrela do mar
há um sepulcro na galiléia
que lua sofre
se a rainha faz empenho
no desenterro de seus mortos
governanta
esses rostos todos
empedra
um beija-flor (muito pequeno)
picoteia o rosto da rainha
que com os braços
sufoca a dor
do poço e
liberta os ossos
quando marinheiros
desfilam no rosto
ostras tombadas
sobre o rosto
a governanta faz senhas
de seu esqueleto
conta as caveiras
no jantar com a madrugada
se para cada estrela do mar
há um sepulcro na galiléia
que lua sofre
se a rainha faz empenho
no desenterro de seus mortos
governanta
esses rostos todos
empedra
Eliane Marques
quarta-com-cortázar
LONSTEIN AO LADO DE UMA MESA
Lonstein ao lado de uma mesa
a mesa no fundo do ambiente
o ambiente em penunbra
sem cadeiras sem móveis
um raio de luz esverdeado descendo do
teto e projetando-se sobre
o conteúdo de um vaso colocado
sobre um prato de chá
o cogumelo no centro desse vaso
vertical cilíndrico violáceo
cabeçudo mas não muito
inevitavelmente fálico tópico
fosforescendo debilmente sob
o estímulo esverdeado fotofílico
(de “O Livro de Manuel”, Julio Cortazar, Editora Nova Fronteira)
a mesa no fundo do ambiente
o ambiente em penunbra
sem cadeiras sem móveis
um raio de luz esverdeado descendo do
teto e projetando-se sobre
o conteúdo de um vaso colocado
sobre um prato de chá
o cogumelo no centro desse vaso
vertical cilíndrico violáceo
cabeçudo mas não muito
inevitavelmente fálico tópico
fosforescendo debilmente sob
o estímulo esverdeado fotofílico
(de “O Livro de Manuel”, Julio Cortazar, Editora Nova Fronteira)
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
arados
Há quarenta vertigens
Há quarenta vertigens
de sua morte,
zarpara.
Ele agora, um fantasma.
Silêncio,
o horizonte atravessa
peixes, maçãs e poemas.
(poema de Lúcia Bins Ely, do livro Arado de Palavras, Editorial Grupo Cero, 2008)
Há quarenta vertigens
de sua morte,
zarpara.
Ele agora, um fantasma.
Silêncio,
o horizonte atravessa
peixes, maçãs e poemas.
(poema de Lúcia Bins Ely, do livro Arado de Palavras, Editorial Grupo Cero, 2008)
+ poesia
A POESIA NÃO SE ENAMORA NUNCA
(fragmento)
1
Viver acompanhado
não é um conselho,
é a única maneira de viver,
e aproveito o dizer,
para deixar em vossa inteligência
o ensinamento mais belo:
A poesia não se enamora nunca.
2
A poesia não se enamora nunca
mas, no entanto, tem como amantes
todo aquele que aumente sua beleza,
sua valentia, sua força, seu poder.
A poesia não se enamora nunca
mas, no entanto, tem como amantes
todo aquele que aumente sua beleza,
sua valentia, sua força, seu poder.
3
Homem ou madeira, não lhe importa,
o homem deve ser exemplo ou novidade
e a madeira, além de ser bela e delicada,
deve servir para o berço ou talvez o ataúde.
Homem ou madeira, não lhe importa,
o homem deve ser exemplo ou novidade
e a madeira, além de ser bela e delicada,
deve servir para o berço ou talvez o ataúde.
(do livro "La Maestría y yo", de Miguel Oscar Menassa)
sábado, 8 de agosto de 2009
poesia cero
Certas Palavras
Certas palavras
são mentiras históricas
vagabundos ébrios na madrugada
vinho rançoso
blasfêmias
facadas em cascata.
Porém.
Certas palavras
São a vigília
A abstinência exata
A sede
A saciedade
A fome.
Somente.
Vida
Amor
Morte
Palavras certas.
Certas palavras
são mentiras históricas
vagabundos ébrios na madrugada
vinho rançoso
blasfêmias
facadas em cascata.
Porém.
Certas palavras
São a vigília
A abstinência exata
A sede
A saciedade
A fome.
Somente.
Vida
Amor
Morte
Palavras certas.
Marcela Villavella
verso b
II
Se já estou morto e não sei,
a quem devo perguntar as horas?
De onde tira tantas folhas
a primavera da França?
Onde pode viver um cego
a quem perseguem as abelhas?
Se acabar o amarelo,
com que vamos fazer o pão?
(Livro das Perguntas, Pablo Neruda, tradução Ferreira Gullar, Cosacnaify, 2008)
Se já estou morto e não sei,
a quem devo perguntar as horas?
De onde tira tantas folhas
a primavera da França?
Onde pode viver um cego
a quem perseguem as abelhas?
Se acabar o amarelo,
com que vamos fazer o pão?
(Livro das Perguntas, Pablo Neruda, tradução Ferreira Gullar, Cosacnaify, 2008)
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