(Separação, de Edvard Munch)
REDE
(de Anelore Schumann)
Passei a vida
conforme fui ensinada,
vivi meus antepassados,
agora, velha,
sou minha mãe e minha avó.
Não me alimento de nada,
além de arroz e feijão:
a mesma comida
os mesmos afazeres
as mesmas amizades
as conversas de sempre
Passei intacta a vida inteira.
Ainda haverá vento incerto?
Haverá ainda amor para meu tempo?
(de Anelore Schumann)
Passei a vida
conforme fui ensinada,
vivi meus antepassados,
agora, velha,
sou minha mãe e minha avó.
Não me alimento de nada,
além de arroz e feijão:
a mesma comida
os mesmos afazeres
as mesmas amizades
as conversas de sempre
Passei intacta a vida inteira.
Ainda haverá vento incerto?
Haverá ainda amor para meu tempo?
Um comentário:
O poema "Rede" da Anelore Schumann traz a possibilidade de tecer a rede...
É só permitir-se
Ir à busca,
nem que seja do inusitado
Descobrir a importância de
ansiar por algo mais...
E encontrar com quem continuar tecendo a rede...
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