quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

"Estou só parado na ponta do ano que agoniza...

mão que acaricia o pulsar da febre...

caos que tem peito de homem...

voz carregada de pássaros"(Altazor)



A peça teatral O TETO de Teófilo Larriera na interpretação do Aguacero, conjunção POESIA&PSICOANÁLISE, dirigidos por Eliane Marques, foi estreada no final de 2008 em várias apresentações em PoA, esta que assistem ocorreu na Feira do Livro de PoA/2008, na Casa de Cultura Mario Quintana.


Hoje escolhemos produzir uma leitura através de aforismos da obra Aforismos y Decires de Menassa,lançado também no final de 2008:

203-“O ser e o mundo podem não necessitar do sujeito. O sujeito, mesmo que ocorra em seu próprio corpo, nunca se inteira desses encontros. Seu “eu quero ser”, isso lhe impede toda outra visão”;

206-“A céu aberto, toco esta nota desesperada: Amo e sou amado”;

208-“Ser sempre os mesmos perturba qualquer legislação”;

210-“Escrever até que as palavras se combinem em poesia é o mais difícil do ofício de escritor, não poder escrever para escrever”;

212-“Conseguimos o que consegue o proletário de alguns países civilizados: uma casa para o corpo, para a família. Agora temos que ir pela casa para a alma”;

214-“Abram as portas, sou quem não pode, quem não quis, quem não sabe, quem não tem. Farei uma história com tudo isso que não sou. Serei a existência do não existente”;

216-“Todo mundo quer que não falte comida, por enquanto a alma é coisa das religiões, dos povos e dos psicoanalistas: estamos longe, muito longe de nós mesmos”;

218-“Revolucionar não é mudar meia hora de lugar, senão mudar tudo de tempo e de lugar. Nada pode ser o que era”;

220-“As situações que vão se produzindo não são possíveis de ser levadas todas ao mesmo fim, mas sim pode alcançar seu próprio fim”;

228-“Quando nos conhecemos tudo era um arrebato de pele e palavras. Com o tempo, tudo era um arrebato de pele. Depois, ainda, com o aborrecimento, veio o arrebato de nada”

225-“Um grupo dissociado, todavia não é um grupo de produção, mas já não padece os fenômenos da massa. Na realidade, o que se elabora ao nomear um mestre é o canibalismo, e esta elaboração não é toda a civilização que uma comunidade psicoanalítica deve alcançar, mas é seu começo”;

230-“O veneno estava em mim, eram meus próprios sonhos”.

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