sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

TRADUCEIRO

(obra de Beatriz Milhazez)

O PRISIONEIRO

A minha mão tem um gesto
ainda, com o qual afasta;
a humanidade desgasta
a rocha onde resto.

Só ouço as batidas
do coração, que começa
com as gotas caídas
e com elas cessa.

Se caíssem mais depressa,
se um bicho voltasse a passar.
Já foi mais claro em algum lugar-.
Mas quem se interessa.

(poesia de Rilke, traduzida por Augusto de Campos, que compõe o livro “Coisas e Anjos de Rilke”, Editora Perspectiva 2001, p. 53)

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