DOBLE
(de Eliane Marques)
recolhi-me da morte
com as lágrimas de um pássaro
e seu lenço de arames
queixas emplumadas
batizaram lembranças
dasgarradas de meu suor
acalentou o canto
o naufrágio dos aviões
olorosos à noite
vem noite
cobre meu repouso
com o corpo do dia
na rota da fadiga
refoge dos versos
da falsa Sharazad
sê deserto
a vida é um paraquedas
que desfia cicuta
sobre o mar manso
e sê triste
que em tua boca inchada
beijos, de joelhos, caem
(de Eliane Marques)
recolhi-me da morte
com as lágrimas de um pássaro
e seu lenço de arames
queixas emplumadas
batizaram lembranças
dasgarradas de meu suor
acalentou o canto
o naufrágio dos aviões
olorosos à noite
vem noite
cobre meu repouso
com o corpo do dia
na rota da fadiga
refoge dos versos
da falsa Sharazad
sê deserto
a vida é um paraquedas
que desfia cicuta
sobre o mar manso
e sê triste
que em tua boca inchada
beijos, de joelhos, caem
Um comentário:
Gostei muito do poema Eliane, parece que sou eu...me vi completa aí! Uma pessoa em cima do muro,parece várias pessoas- pois varios são os ânseios...Um Romeu e Julieta em pleno século XXI, um Galdiador inconformado mas estático..
Espero que tenha gostado do meu comentário, leio todos os dias esse blog.Um abraço>>> Mafalda.
Postar um comentário