domingo, 31 de maio de 2009

poesia cero

GIRONDO
emputarrado de solidão
apodrece ilegal
um resto de menino

a esticar os ossos
que brotam
de seus dedos cortados

cova malade
hambrienta a luxo
que doura

a mirada
metida nos versos
da morte

não te aproxime!

nada há de ofélia
na brisa que atravessa
a farsa dos cemitérios
Eliane Marques

2 comentários:

Mara faturi disse...

Belo poema moça;)
Adorei conhecê-la pessoalmente!
um grande bjo!
*gosto do que escreve...ricas imagens...o olho dentro;)

Eliane Marques disse...

Mara,

Obrigada por sua grande generosidade nestas palavras.

Um beijo,

Eliane