sexta-feira, 15 de maio de 2009

poesia cero


Quando sou muitos
alguém se perde

e todos sofrem a ferida
que cava na clareira do carvão
um estreito

entre o fogo e a areia
corre o polvo dos pés.

Sangro no mar
a dor da queima

e um algodão doce
voa no céu do parque

(Lúcia Bins Ely)


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