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verso b
“olho muito tempo o corpo de um poema”
(Ana Cristina Cesar)
olho muito tempo o corpo de um poema
até perder de vista o que não seja corpo
e sentir separado dentre os dentes
um filete de sangue
nas gengivas
(Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século, Rio de Janeiro, Objetiva 2001)
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