sábado, 30 de maio de 2009

+ psicoanálise

LENDO FREUD E LACAN


A interpretação não tem que ser uma verdade, uma verdade pouparia o circuito das associações. A interpretação tem que ser uma verossimilhança, um pode ser, um talvez pudesse ser, um “se você quiser fazer um esforço poderia transformar esta frase em outra”: Nunca é uma verdade, sempre é uma verossimilhança. Mas o que é a verdade? Produção. Mas o que é produção? Seria construção, mas desconstrução também. As duas, as duas são instantes de verdade, quando faço uma construção e quando com a seguinte construção desconstruo a construção anterior.
Você não poderá ingressar no mundo da mulher até que não conceba dentro das relações que tem com o mundo, além das que tem com você mesmo e com sua mãe, a relação com seu pai. Então o mundo das mulheres não só será o mundo de si mesmo, senão que o mundo mesmo da mulher se abre atravessando o corpo da mãe, no discurso do paciente.

(de Miguel Oscar Menassa. IN: FREUD E LACAN – FALADOS – 1. Grupo Cero, Porto Alegre, 2007, colaboração da psicoanalista Lúcia Bins Ely)

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