domingo, 10 de maio de 2009

a culpa para a psicoanálise

Quem é mais culpado que quem?

No neurótico obsessivo, os escrúpulos, as auto-reprovações e os tormentos são de caráter consciente.
Na histérica, ao contrário, há indiferença, pois, ela atua como se nada soubesse desses sentimentos, como se a culpa fosse muda. Igualmente, a necessidade inconsciente de culpabilidade está sempre presente como limite interno e se apresenta sob a fachada chamada por Lacan de sem fé e sem lei da histeria apresentada por meio de suas intrigas e de suas ações, que, por sua vez, mostram pequenos e grandes acidentes.
No “Eu e o Isso” e em “O Problema econômico do masoquismo”, de 1923 e 1924, respectivamente, Freud fala da enfermidade e de como o sentimento de culpabilidade encontra satisfação nela.
O neurótico obsessivo diz “sou culpado ou me martirizo com pensamentos de perda, de morte”.
Ao contrário, na histérica a culpa aparece como forma de necessidade de castigo inconsciente, através da provocação de lesões ou acidentes no corpo. Ela não reconhece diretamente, porém se castiga.
O suplício, a punição, a tortura e a disciplina nos falam da culpa dentro das culturas e subculturas, parece que a culpa é um motor ... e o desejo???

Marcela Villavella

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