(de Eliane Marques)
um cão vagamente triste
reza a um deus sem cara
um deus de miradas cegas
largas feito unhas mortas
um cão me sonha
espelho que impõe
seu resto de sobras
seu ontem e seu nada
me assombra que seja bela a calçada
que o jasmim seja branco
que a fome me dê um ímpeto de asas
me assombra que a parca
corte minha linha
que viajante, perca a jornada
me assombra que séculos depois
o deus volte a nascer
rei na dinamarca
reza a um deus sem cara
um deus de miradas cegas
largas feito unhas mortas
um cão me sonha
espelho que impõe
seu resto de sobras
seu ontem e seu nada
me assombra que seja bela a calçada
que o jasmim seja branco
que a fome me dê um ímpeto de asas
me assombra que a parca
corte minha linha
que viajante, perca a jornada
me assombra que séculos depois
o deus volte a nascer
rei na dinamarca
Nenhum comentário:
Postar um comentário