quinta-feira, 19 de março de 2009

diários


BRECHT

EM TORNO DE 1952

Às vezes, sempre foi assim, entro em uma espécie de intranquilidade espiritual e me isolo, dirijo-me para um tipo de caverna e leio novelas policiais. O que não significa nada, minhas relações com meu meio ambiente não mudam com isso, fora por alguns momentos. Não tenho o controle disso.
Por natureza sou um homem difícil de ser dominado. A autoridade que não surja de meu respeito, eu rejeito com raiva; e só consigo considerar as leis como propostas provisórias que devem ser modificadas constantemente para regular a convivência humana.

(do livro “Diários de Brecht - Diários de 1920 a 1922, Anotações autobiográficas de 1920 a 1954”, Organizado por Herta Ramthum, tradução de Reinaldo Guarany, Porto Alegre, L&PM, 1995, p. 168)

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