domingo, 19 de julho de 2009

poema de bolsa

TEMPO


A última pata da centopéia
carrega o nome do tempo,
um inseto cruzando até o esquecido.
Rochas e paragens úmidas
o tornam mais sólido.

Quando chega seu veneno
não sei o que fazer com as feridas.

(Renata Passolini, do livro “Peldaños”, Editorial Grupo Cero, Buenos Aires, 2008)

Nenhum comentário: