quinta-feira, 16 de julho de 2009

diário de um psicoanalista

19 de agosto de 1977

O corpo me dói por que não consigo o estado animal para semelhante selva. Restos de humanidade perturbam minha adaptação. Restos de humanidade não me deixam. Restos, estranhos a mim, cinzas daquela relação onde tudo era fogo sobre fogo. Pequenos sentimentos de quando menino nos braços de minha mãe interferem a ponto de desbaratar todo o plano social.

(Miguel Oscar Menassa, El Ofício de Morir, Editorial Biblioteca Nueva)

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