segunda-feira, 13 de julho de 2009

cadáver esquisito no Goethe








FERIDA NAS COSTAS PERNAS PR'O AR

Ferida nas costas pernas pr’o ar
conquista que dói
desnecessária de vida
de solidão de poesia de perfumes.

Para que tudo isso?

Se a exumação humana da
sensibilidade noturna
eterna despedida fugaz
trabalha o dar fala a um cadáver.

Animal mudo anjo da morte
a perambular woetschmerz
no universo que é só dobra
no vazio.

O que vemos como futuro,
os animais vêm como tudo
medo, dor, felicidade!

Renasce o momento
num ruído petulante
que jorra água de tudo.


(Criação coletiva produzida no 2° Movimento de Poesia, sarau promovido pelo Grupo Cero na Biblioteca do Instituto Goethe no dia 10 de julho de 2009)

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