de Marcela Villavella
Não caminhes sozinha pela rua
É tarde,
E a noite é um alto escarpado,
Faz frio, não te afastes de mim...
Escuto estonteada
O rumor dos pássaros que crescem
No ninho de qualquer mão.
Alguém canta ao longe?
Alguém cozinha pequenos manjares?
- morangos com pimenta - ?
para o alvorecer?
E esta umidade nas costas,
é sangue?
É teu sangue?
e está fresco?
É tarde,
não caia no silêncio.
a noite é um alto escarpado,
me precipito a cada instante...
é tarde,
e no caminho até você
sopra um vento
severamente intenso para meu corpo.
É tarde, faz frio...
A noite, esse escarpado...
Permita-me chegar em casa
Hoje quero descansar
de nós,
de mim.
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