domingo, 15 de fevereiro de 2009

poema de bolsa


de Marcela Villavella

Não caminhes sozinha pela rua

É tarde,

E a noite é um alto escarpado,

Faz frio, não te afastes de mim...


Escuto estonteada

O rumor dos pássaros que crescem

No ninho de qualquer mão.


Alguém canta ao longe?

Alguém cozinha pequenos manjares?

- morangos com pimenta - ?

para o alvorecer?


E esta umidade nas costas,

é sangue?

É teu sangue?

e está fresco?


É tarde,
não caia no silêncio
.
a noite é um alto escarpado,

me precipito a cada instante...

é tarde,

e no caminho até você

sopra um vento

severamente intenso para meu corpo.


É tarde, faz frio...

A noite, esse escarpado...

Permita-me chegar em casa

Hoje quero descansar

de nós,

de mim.

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