terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
INDIOS III
Eu sou, de pedra, o indio americano,
que não matou Espanha na conquista.
Venho de um céu, cálido, sem deuses.
De uma planicie fértil, quase sem limites.
Sou o sangrante e falante guarani,
a pura lágrima, límpida do maia,
o sulco aberto, com firmeza, pelo inca,
a tristeza, infinita, do que não morre.
Sou a árvore, a fruta, o ouro, a pérfida esmeralda.
Prata despedaçada, sangrento cobre metralhado.
Montanhas e mulheres saqueadas em nome de Deus.
Sou da América o verbo, a pluma diferente,
indígena e galáctico, histórico e supérfluo,
granítica presença, fel dos tempos.
de MIGUEL OSCAR MENASSA
do Livro: AMORES PERDIDOS, Grupo Cero, 1995;
poema publicado também no livro:
POESÍA Y PSICOANÁLISIS (1971-1991)
20 AÑOS DE LA HISTORIA DEL GRUPO CERO, Grupo Cero, 1995.
O autor está indicado a CANDIDATO ao PREMIO NOBEL DE LITERATURA 2010,
apoie sua candidatura, escreva para grupoceroversob@gmail.com ou ligue para (51) 3024.2829
e te diremos como.
Marcadores:
indio americano,
Miguel Oscar Menassa,
poesia
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário