Se é possível o poema é possível a vida.
1560: Quando já não possa pintar porque minhas mãos caiam e já não possa escrever porque tenha ficado quase sem mirada e a mulher desapareça porque eu já não tenha coração, todavia, ainda, resta a morte para amar, ainda, todavia, amarei a liberdade.
14: A cultura é grátis, se não consigo ser rico, pelo menos teria que ser culto.
17: Lutando box aprendi que não há golpes duros, a menos que um golpe te ponha fora de combate.
20: Se desvanece a alma, começa o poema e todo ser é uma abertura inconsolável. Mais do que registro, rasgadura sem harmonia.
24: No início ela tinha um pouco de dinheiro e eu um pouco de inteligencia. Despois os dois fomos muito famosos. Ela se tornou muito inteligente, e eu para conseguir algo de dinheiro, tive que trabalhar.
Hoje ambicionamos um grau de civilização em que o homem deixe de pertencer a si mesmo.
(de Miguel Oscar Menassa, do livro: Aforismos y decires, Grupo Cero, 2008)
Miguel Oscar Menassa - indicado ao Premio Nobel de Literatura 2010
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
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