terça-feira, 13 de julho de 2010

POESIA saindo do forno CERO

CADÁVER ESQUISITO

                     
Bateram a porta de sopetão

e batem os pés da morte

Pela morte que, de esquisito
nada tem, tem morte
pra morrer

Longa é a arte, tão breve                              

a vida

cavando no olho do escuro

abriu-se a porta naquele instante
                                                                                                        
tropeça bêbado nas frase de amor

no cadáver, a morte

de alguém que não morreu

tic, tac, tic, tac. Já é natal?

alvo
        cabisbaixo
                           olhou.

Cadáver Esquisito - Grupo de Poesia sábado dia 10/07/2010

(Hay almas que tienen - oleo sobre tela - M.O.Menassa)

2 comentários:

Poeta Mauro Rocha disse...

Espero que a morte me coloque no fim da fila,srssrsr.

Interessante poema!!

Um abraço!!

Grupo Cero VersoB disse...

Gracias, Mauro,

Sabes que este poema o chamamos de "Cadáver Esquisito" pois é um exercio que os Surrealistas praticavam e se trata de que cada um do grupo escreve um verso, e oculta-o do outro, e cada um sem ler o verso do companheiro, escreve, e ao final: um poema escrito a 10 mãos neste caso...
Como um exercicio que nos mostra que a poesia transcende o individual...

gracias pelo comentario,
saudações poéticas,