QUEIMA A PELE TEU POEMA
a Miguel Oscar Menassa*
Queima a pele teu poema
Gera um vazio
lágrima
de vãos, e vais e vens
E embalo de versos
atravessa oceano
numa imagem esquecida
do adeus
Alcança um
abreviado clamor
do canto aberto por teu canto
grito do indio
dança dessa tribo
ao dizer-se.
Queima a vida
alma na lágrima.
Queima a alma
herói de rasgar-me em tantas...
uma quer, outra desquer
uma abre, outra fecha
uma agora, outra nunca.
Queima minh’alma
verte lágrima dessa voz!
Lúcia Bins Ely (poema inédito)
* candidato ao Premio Nobel de Literatura 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário