Aqui,
touro sentado,
amante do silencio.
Mirou o sol,
é o entardecer,
e sei,
que tudo é efêmero.
Virão eras atômicas,
e arrancarão de raiz nosso reino,
do centro da terra.
O sol cairá,
como um fruto podre,
como um pássaro ferido,
em pleno voo.
Detrás das colinas
vejo para o homem,
sangue e lixo,
um silvo gelado e noturno.
Aqui,
sentado,
amante,
touro do silencio,
vejo para o homem,
detrás das colinas.
A morte.
Miguel Oscar Menassa
De "Canto a nosotros mismos también somos América", 1978
2 comentários:
Olá Miguel e demais integrantes do Grupo, poema bonito, de tema expressivo e imagens poéticas lindas ! Obrigada pelo carinho da visita e comentário. Um abraço,
Úrsula
De nada, Úrsula.
E agradeço o carinho à poesia,
com um abraço,
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