terça-feira, 23 de junho de 2009

+ psicoanálise

E há outro tipo de amor (diferente do amor narcisista) relacionado à sublimação, que parece ter a característica de ser um amor humano, no sentido de retirar da libido que já progrediu em mim, que já se fez objetal, a libido com a qual amo os objetos amorosos e em lugar de banhar meu eu com essa libido, produzo com essa libido produtos para quem não conheço e que não são. Ou seja, a característica do amor humano teria a ver com a compreensão do limite que põe a morte à vida material finita do homem e a libido que desenvolve a imortalidade da espécie humana.
Quer dizer, um homem que não aceita que vai morrer não é muito humano segundo esta teoria. Um ser humano é aquele que, mesmo que vá morrer, faz algo que possa servir a outras pessoas.

(de Miguel Oscar Menassa, in FREUD E LACAN – FALADOS – 1. Editorial Grupo Cero, Porto Alegre, 2007, colaboração da psicoanalista Lúcia Bins Ely )

2 comentários:

Mara faturi disse...

humm...interessante;)
agora as coisas estão com menos cara de "complexidades" por aqui ehehe...
bjo!

Lúcia Bins Ely disse...

Que bom!!!
Talvez é que mergulhaste nestas maneiras das palavras conversarem entre si, e já não te surpreendes se há algo que não entendes, justo por não se tratar de "entendimento".
Para um poeta é possível, se deixar ler por coisas que desconhecemos.
Beijos, gracias pelo carinho,
e estarei lá dia 1º quero ler tuas "Andanças".